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segunda-feira, 18 de abril de 2011

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Conversavam pouco menos do que se olhavam. Olhavam-se já com desejo. Cessou a conversa e, com um toque em sua pele e um chamado no seu olhar, Maria a convidou para a sua casa, onde poderiam ficar a sós, à vontade. Por um instante Cecília hesitou, lembrou-se de outra pessoa a sua espera, mas queria ir, sentia a vontade e a força do momento, guiarem seus passos, e então, não resistiu. Saíram a caminho, cheias de desejos, a ponto de nem enxergarem o caminho, ansiosas para chegar o momento que sim, que poderiam se permitir, que poderiam se tocar, se amar.
                Não houve demora alguma tudo estava a seu favor. O espaço que iria as receber já estava ali, não havia nada a perder, e assim as caricias seguiram, o desejo tomava conta de todo aquele espaço. Foi o algo mais novo que Cecília provara e gostara mais, mas foi tomada de repente por um pesar, estava se sentindo culpada e a pediu desculpas, abaixando a cabeça, quando sentiu sua cabeça com o rosto coberto de lagrimas escorrendo, sendo levantada por sua amante, que também estava banhada de lágrimas, por também ter alguém a sua espera, e permaneceram assim por um tempo, a chorar suas penas, mas estava feito e não havia arrependimento pelo o acontecido, tinha sido algo maravilhoso e terno.
                Maria já estava há algum tempo assim, a imaginar, e então resolver levantar-se e cuidar nos afazeres de casa.

A rã não arranha...


A rã não arranha, isso é façanha, ela é feia e pegajosa, mas ama,
e ainda digo, ela não se acanha Cai em cima, Lança, não se arranha.
Faz barganha pra pegar quem ama, subiu na minha cama, na hora cai fora,
a bichinha a me olhar, e com aquela pele pegajosa, no meu travesseiro foi deitar,
pra do meu rosto se aproximar, ela naquela hora, só queria se esquentar e o frio do seu corpo molhado tirar, a rã não sabe arranhar, ela faz é amar.